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SOLANGE HASHTAG BIJAGÓS OPERADORES TURÍSTICOS SÃO CRIADORES DE DESTINOS

A francesa Solange Motin, beleza exótica, pais franceses e vietnamitas, chegou à Guiné-Bissau em 2004 deixando para trás, dois resorts no vizinho Senegal. A empresária sofreu o impulso de uma paixão à primeira vista, pelas oitenta e oito (88) ilhas do arquipélago dos Bijagós, Reserva da Biosfera da UNESCO e Patrimônio da Humanidade, destas apenas vinte (20) são habitadas, também visitadas por tartarugas verdes. Fruto do enlace, nasceu na ilha sagrada de Rubane o Ecolodge Ponta Anchaca (2007), um quatro estrelas com luxos de água quente, ar condicionada, televisão nos quartos, biblioteca. O despertar ao som do canto do galo, num cenário ungido, repleto de mitos, autentico cartão postal.

Desde que entrou em operação o Ponta Anchaca com o suporte da carteira de clientes e “mailling list” dos anteriores projetos de Solange ganhou mercado como santuário para pesca desportiva sustentável. Franceses, belgas, americanos e alguns portugueses, mantinham o segredo bem guardado. A partir da Europa pode-se atingir os Bijagós via o hub de Casablanca da Royal Air Maroc, ou na companhia portuguesa euroAtlantic airways. A suspensão dos voos da TAP Air Portugal para o Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira na capital da Guiné-Bissau, abriu oportunidade à companhia fundada por Tomaz Metello (2014), para lançar ligações Lisboa, Bissau (menos de quatro horas de voo), facilitando as conetividades, mobilidade de milhares guineenses e à sua diáspora, retoma do despacho de carga aérea, como dos serviços fúnebres de guineenses falecidos na antiga metrópole.

A nova rota regular da euroAtlantic permitiu explorar novas oportunidades no setor do Turismo. A mais notória (2018) a “Primeira Fam Trip de Operadores Turísticos Portugueses à Guiné-Bissau e Bijagós” e jornalistas especializados a um novo destino exótico, ecológico com oferta Sol e praia, associado a vida selvagem e Turismo de saudade, 200.000 portugueses, cumpriram Serviço Militar Obrigatório na Guiné, mostram desejo de visitar os locais por onde passaram. Uma parceria com o Ministério do Turismo da Guiné-Bissau e o titular da pasta Fernando Vaz, permitiu articular uma viagem de familiarização dos Operadores Abreu, Club Viajar, Soltrópico, Across, Soférias, YOU e Sonhando, que no início manifestaram alguns receios, resultado da desinformação sobre uma falta de segurança no país, penalizando o seu desenvolvimento, economia, captação de investimentos, divisas e o bem estar das populações. Um amigo com responsabilidades num investimento nacional no país, costuma referir que “a instabilidade política na Guiné-Bissau, tem sido a base da estabilidade do país” em nenhuma alteração da ordem pública a atividade turística foi molestada.

O grupo de Operadores Turisticos e jornalistas logo na primeira noite em Bissau, depois de um jantar oferecido pelo BAO Banco da África Ocidental e um breefing sobre o funcionamento da economia guineense, viram os receios dissipados. A caminhada pé desde uma discoteca até ao hotel, deixou logo perceber, estavam num país seguro, rodeados de um povo que fala a mesma língua e sabe receber com afetos. Existem duas opções para para atingirmos as ilhas Atlânticas dos Bijagós e o Ecolodge Ponta Anchaca que albergou o grupo. Por lancha rápida, saindo do cais de Bissau, frente à ilha onde funcionou a fábrica de óleo de amendoim Fula, extasiante quando as águas estão planas ou por avião, num voo voo panorâmico de vinte e cinco minutos, com direito a uma passagem pelo resort de Solange, proporcionando o mapeamento da ilha. A partir do Ponta Anchaca o grupo partiu para visitas técnicas aos hotéis da ilha de Bubaque frente a Rubane, que sedia também o aeródromo. As crenças e mitos dos Bijagós marcaram o encontro no Dakosta Eco Retreat, praia de Bruce, com Adelino da Costa, criado no bairro das Marianas, Oeiras, Campeão de Thai Boxe em Portugal (1999) e Campeão nos Estados Unidos (2002), depois de uma carreira de sucesso nos ringues, abriu em Nova York cinco ginásios, um deles na zona exclusiva da Big Apple, Upper East Side. A sua generosidade e amor pelo seu povo, resultou na venda destes ativos, para cumprir a missão de investir e ajudar o desenvolvimento e bem estar do seu povo.

Ao terceiro dia os profissionais da indústria do Turismo já estavam extasiados com o potencial dos Bijagós, conquistados pela natureza e pelos camarões grelhados gigantes. A visita a Orango, depois de uma navegação por um Atlântico espelhado, ponto de encontro com a única comunidade de hipopótamos que vive no mar e observarem como o povo bijagôs promove a sua defesa, foram notáveis notas de viagem. O resultado do investimento da euroAtlantic e do Ministério do Turismo da Guiné-Bissau produziram resultados imediatos. Portugal era o terceiro emissor de Turismo para a Guiné-Bissau e Bijagós, passou a ser o primeiro, com “over bookings” no Ponta Anchaca em épocas festivas do ano. As viagens programadas por Operadores são entusiasmantes experiências com formatos sustentáveis. A consulta de um Agente de Viagens filiado na Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) é a garantia da preservação dos destinos património da UNESCO e da redução da pegada ecológica sobre recursos naturais sustentáveis.

Extraído do texto original publicado no Facebook em 11-03-2018